Na IBM América Latina, brasileira é primeira mulher a atingir o título de ‘distinguished engineer’

Com 24 anos na companhia, a profissional, que começou sua carreira como estagiária, conquistou diversos cargos de liderança até chegar a um dos mais altos postos de reconhecimento técnico na IBM.

A IBM Brasil anuncia hoje que a profissional Cintia Barcelos, funcionária da empresa há 24 anos, ganhou o título de Distinguished Engineer – em português, ‘distinta engenheira’. Este é um dos mais altos níveis de reconhecimento que um profissional técnico pode atingir na companhia de tecnologia. A nomenclatura é utilizada mundialmente pela IBM para descrever funcionários de grande destaque, que são referência na empresa e no mercado.

Cíntia é a primeira mulher na América Latina a ocupar esta função na IBM, representada por executivos técnicos com alta experiência e qualificação. O cargo exige profissionais que saibam resolver problemas complexos com o uso de tecnologia, liderar equipes técnicas, influenciar o desenvolvimento dos produtos da IBM e que possuam profundo conhecimento de setores do mercado e dos clientes em que atuam. De acordo com dados do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), o número de mulheres nas áreas de exatas quase dobrou de 2011 a 2016, mas ainda é consideravelmente desigual. Em engenharia, por exemplo, as mulheres representam 36% dos bolsistas do instituto.

Para Cintia, o que a ajudou a seguir essa carreira foi a adoração pela matemática e a inspiração dentro de casa. “Meu pai é Doutor em Física e minha mãe se formou em Farmácia. Ambos sempre me ajudaram a crescer no que eu mais gostava. Fui criada para ser uma mulher independente, para que eu pudesse fazer todas as escolhas na vida”, conta. Apesar disso, ela reconhece a carência de representatividade feminina em exatas e considera que o apoio educacional desde cedo é essencial para quebrar este conceito de profissões por gêneros. “Existe pouco incentivo nas escolas para meninas que tenham aptidão na área de exatas. Há preconceito de sobra e poucos exemplos. Precisamos de programas consistentes desde o Ensino Fundamental para que todas as mulheres que desejam seguir carreira em áreas exatas possam se desenvolver.”, explica.

Formada em Engenharia Eletrônica na UFRJ, Cintia começou na IBM em 1993, como estagiária, e durante sua carreira dentro da companhia passou por cargos como Especialista de Sistemas na área de Serviços e Arquiteta de Soluções na área de Software. Em 2012, assumiu uma posição de líder técnica de soluções na indústria de Recursos Naturais e em 2016 virou Chefe de Tecnologia de um grande cliente do segmento de Finanças.

A profissional acredita que mulheres possuem habilidades necessárias em áreas técnicas e afirma que o que existe culturalmente é um preconceito inicial, que pode ser quebrado com preparação e conteúdo. “Sempre fui uma das poucas mulheres na sala. Na área técnica, infelizmente, o estereótipo do bom profissional é masculino. As mulheres têm qualidades únicas para este ramo, muitas vezes o que faltam são exemplos. Sou mãe, esposa e Distinguished Engineer na IBM. Mulheres podem ser tudo o que quiserem” complementa.

Com uma vice-presidente mulher já em 1943, a IBM até hoje trabalha para aumentar a representatividade feminina em cargos de liderança. De acordo com a líder de diversidade da companhia, Adriana Ferreira, muito ainda precisa ser feito. “Estamos lidando com desafios que são resultados de séculos de uma segregação de gêneros. Nossas iniciativas pela equidade de gênero em todos os níveis da companhia e por oportunidades iguais para todos é nosso carro-chefe em ações afirmativas em diversidade“. Entre outras ações, a companhia incentiva a formação de grupos de mulheres IBMistas que se reúnem para debater temas diversos e traçar planos estruturados sobre carreira x maternidade, equilíbrio entre vida pessoal e trabalho e gestão de carreira, entre outros.


Fonte: IBM Brasil – Sala de Imprensa – http://www-03.ibm.com/press/br/pt/pressrelease/52188.wss

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